Autor do livro: Edelvino Razzolini Filho Rodrigo Berté
Enquanto manuais e livros de gestão esgotam conteúdos e abordagens sobre
lucro, otimização da cadeia de produção e potencial logístico, poucos
autores põem em foco a polêmica relação existente entre o mundo
corporativo e sua responsabilidade ambiental. "O Reverso da Logística e
as Questões Ambientais no Brasil", de Edelvino Razzolini Filho e Rodrigo
Berté, explora de forma aprofundada a questão.
Ainda pouco estimulada no país, a logística reversa aponta opções e saídas para que as organizações aprendam a minimizar os impactos ambientais causados por suas atuações comerciais. Ao detalhar o processo logístico responsável por transformar insumos em produtos e serviços, os autores apresentam de maneira consciente e criativa a proposta da logística reversa --recolhimento, reciclagem e/ou reutilização de produtos-- demonstrando que seu processo pode gerar economia, o fomento de ações de responsabilidade social e, sobretudo, a competitividade entre as empresas.
Ainda pouco estimulada no país, a logística reversa aponta opções e saídas para que as organizações aprendam a minimizar os impactos ambientais causados por suas atuações comerciais. Ao detalhar o processo logístico responsável por transformar insumos em produtos e serviços, os autores apresentam de maneira consciente e criativa a proposta da logística reversa --recolhimento, reciclagem e/ou reutilização de produtos-- demonstrando que seu processo pode gerar economia, o fomento de ações de responsabilidade social e, sobretudo, a competitividade entre as empresas.
Neste livro, os autores examinam a logística
reversa, focando em estudos de caso de três setores cujas atividades
tendem a causar considerável impacto ambiental: a indústria de
construção civil, a de pneus e a de plásticos
José Eduardo Mendonça
Planeta Sustentável – 10/12/2010
A palavra logística foi empregada pela primeira
vez pelo Barão Antoine-Henri Jomini, em 1838. Ele participou das guerras
napoleônicas e, de certa forma, consolidou em um termo aquilo que
estrategistas militares conheciam desde a Grécia antiga - armas têm que
estar disponíveis, no tempo certo e no local certo, o que implica que,
antes disso, a questão da produção e dos estoques tem de ser
eficientemente equacionada. Hoje, até pequenas empresas de mudanças
carregam o termo em suas denominações, pelo fato de que ele parece
moderno e transmite mais confiança ao consumidor.
Mas a logística como a conhecemos hoje ganhou muitas novas características, derivadas da crescente complexidade das relações entre produção e consumo, e ainda mais necessárias na imensa e intrincada teia de interações induzida pela globalização da economia. Foi apenas nos anos 50 que o estudo da logística ganhou o lugar de cátedra acadêmica nos Estados Unidos - o país havia tido uma grande lição a respeito com a Segunda Guerra Mundial. Hoje, faz parte de qualquer MBA.
Os autores de O Reverso da Logística pretendem examinar a mais nova faceta da disciplina, a chamada logística reversa que, hoje, é jargão inescapável em cursos de administração. Ela apareceu para dar conta da complexidade mencionada, e passou a abranger mudanças nos ciclos de vida dos produtos e nos padrões comportamentais dos consumidores, aliados às pressões ambientais, que pedem um novo paradigma. Ou seja, não basta apenas entregar a mercadoria. Há que se cuidar daquilo que retorna como detritos, dando-lhes uma destinação correta.
Sendo assim, os funcionários das áreas de estoque, armazenagem e compras das empresas, que eram até recentemente recrutados para lidar com logística, não têm mais a formação adequada para fazê-lo. A logística reversa é uma atividade multi e interdisciplinar, que requer uma visão bem mais ampla.
Edelvino é engenheiro de produção e Rodrigo é doutor em meio ambiente. Eles adotam como um dos pontos centrais do trabalho o conceito de F. L. Biazzi, segundo o qual os objetos de estudo da logística reversa são "os fluxos de materiais que vão do usuário final do processo logístico original (ou de outro ponto anterior, caso o produto não tenha chegado até esse), até um novo ponto de consumo ou reaproveitamento". E afirmam, com razão, que ela vem conquistando espaço importante na estratégia competitiva das organizações.
Os autores escolhem como estudos de caso três setores que são especialmente importantes de exame, uma vez que suas atividades tendem a causar considerável impacto ambiental: a indústria de construção civil, a de pneus e a de plásticos. Novas normatizações e processos são crucialmente relevantes nos três casos.
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Mas a logística como a conhecemos hoje ganhou muitas novas características, derivadas da crescente complexidade das relações entre produção e consumo, e ainda mais necessárias na imensa e intrincada teia de interações induzida pela globalização da economia. Foi apenas nos anos 50 que o estudo da logística ganhou o lugar de cátedra acadêmica nos Estados Unidos - o país havia tido uma grande lição a respeito com a Segunda Guerra Mundial. Hoje, faz parte de qualquer MBA.
Os autores de O Reverso da Logística pretendem examinar a mais nova faceta da disciplina, a chamada logística reversa que, hoje, é jargão inescapável em cursos de administração. Ela apareceu para dar conta da complexidade mencionada, e passou a abranger mudanças nos ciclos de vida dos produtos e nos padrões comportamentais dos consumidores, aliados às pressões ambientais, que pedem um novo paradigma. Ou seja, não basta apenas entregar a mercadoria. Há que se cuidar daquilo que retorna como detritos, dando-lhes uma destinação correta.
Sendo assim, os funcionários das áreas de estoque, armazenagem e compras das empresas, que eram até recentemente recrutados para lidar com logística, não têm mais a formação adequada para fazê-lo. A logística reversa é uma atividade multi e interdisciplinar, que requer uma visão bem mais ampla.
Edelvino é engenheiro de produção e Rodrigo é doutor em meio ambiente. Eles adotam como um dos pontos centrais do trabalho o conceito de F. L. Biazzi, segundo o qual os objetos de estudo da logística reversa são "os fluxos de materiais que vão do usuário final do processo logístico original (ou de outro ponto anterior, caso o produto não tenha chegado até esse), até um novo ponto de consumo ou reaproveitamento". E afirmam, com razão, que ela vem conquistando espaço importante na estratégia competitiva das organizações.
Os autores escolhem como estudos de caso três setores que são especialmente importantes de exame, uma vez que suas atividades tendem a causar considerável impacto ambiental: a indústria de construção civil, a de pneus e a de plásticos. Novas normatizações e processos são crucialmente relevantes nos três casos.
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